Família

Olá adolescência, adeus Dia das Crianças

Escrevi este texto no Dia das Crianças do ano passado e estava um pouco emotiva nesse dia. Fase em que nossa família vai trocando os momentos de infância pela adolescência. Foi aqui que o blog começou a tomar forma – e isso levou exatamente um ano!! Então nada mais apropriado do que voltar a este texto neste 12 de outubro.

Não que eu dê especial importância à data (nem costumamos dar presentes no Dia das Crianças). Minha emoção naquele dia estava mais ligada ao sentimento de que estou me despedindo da infância das minhas filhas. Com duas meninas já na adolescência e pré-adolescência (14 e 11 anos), as questões e diversões da infância vão ficando para trás.

Claro que essa despedida da infância, assim como o início da adolescência, não acontece de uma hora para outra. Mas vai, aos poucos, ganhando outro desenho – com tempo pra gente se despedir. Ainda bem!

Adolescência pede independência

O que me chama atenção nesse processo, por incrível que pareça, não são os sinais da adolescência que vão aparecendo. O que me surpreende são as pequenas coisas da infância que vão rareando e desaparecendo aos poucos. Sem que eu possa impedir, por mais que tente segurar, escorre como água por entre os dedos.

Comecei a me dar conta disso na festa junina do ano passado, quando minha filha caçula dançou a quadrilha pela última vez – na escola dela as danças vão até o 5º ano. Pensar na roupa, no penteado, na maquiagem. Estar ali presente na hora marcada e munida de câmera fotográfica e filmadora (o pai de um lado da quadra e eu do outro para não perdermos nenhum ângulo). Coisas que vinha fazendo nos últimos dez anos, contando desde a primeira festa junina da minha filha mais velha, chegavam ao fim.

A festa em si não deixou de existir nas nossas vidas, é claro, mas este ano ela já teve uma “dinâmica” muito diferente: minhas filhas foram em turma para curtir a festa e nem querem mais a presença dos pais!

O ritual das datas

Mas nada disso é ruim. Pelo contrário! Não sou apegada ao passado e nem acho que minhas filhas são o meu “tesooooouro”. Quem me conhece sabe que valorizo demais a independência na criação das minhas filhas.

Os momentos de maior emoção de que me lembro são aqueles em que elas deram seus passos sozinhas. Desde o primeiro engatinhar e os primeiros passinhos, vendo aquele bebê já decidindo para que lado ir e tomando seu caminho. Na natação, ainda bebês, quando passaram a entrar sozinhas na piscina, sem a mamãe; depois quando iam dormir na casa dos avós ou de alguma amiga.

Como escrevi no início, não dou importância a essas datas comerciais, mas gosto do que elas têm de ritual: aquele momento de parar e olhar para os nossos filhos, ver como são agora, o que gostam, o que fazem. E lembrar do que gostavam e do que faziam no ano passado e no anterior, e cinco ou dez anos antes. Aí me dou conta do quanto mudaram (aquilo que a gente não percebe no dia a dia). Porque as crianças evoluem com tanta sutileza e depois dão um salto – e aí a gente leva um susto e se dá conta de que não são mais crianças…

Nova dinâmica

Este ano o Dia das Crianças já teve uma outra cara aqui em casa: não temos mais brinquedos espalhados e nem aquela correria de criança. Ao invés disso, de manhã tivemos uma sessão de gravação de Musically; depois levei uma filha à aula de equitação, a outra à aula preparatória para os exames de Ensino Médio, onde ficou até as 19h. A comemoração mesmo foi o jantar em um restaurante japonês que elas escolheram.

Quando escrevia este texto tive a curiosidade de procurar na internet se existe um Dia do Adolescente. E não é que tem! 21 de setembro. Se eu lembrar essa data ano que vem, vou fazer uma homenagem para minhas meninas. Elas merecem!!

Num próximo post vou escrever sobre o meu medo da adolescência (e que alívio saber que ela pode ser tão simples!).

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